terça-feira, abril 24, 2007

Porque ainda há alguém preocupado com a maneira como os intervenientes na Festa se comportam em praça,transcrecvemos, parcialmente, o que o nosso Amigo Zé Fernando Potier escreveu no site
Tauromania





Uma questão de respeito!...
por José Fernando Potier*
13 de Abril, 2007

No passado Domingo de Páscoa assisti na praça de toiros do Campo Pequeno, a duas situações que me chamaram a atenção, pelo facto de serem praticados por jovens que agora tentam vingar, cada um na sua arte, neste mundo dos toiros.

António João Ferreira “Tójó” nas vezes que o vi, e posso adiantar que não foram muitas, surpreendeu-me sempre pela positiva. É um jovem novilheiro que, em meu entender, apresenta uma quantidade de pormenores, e se tiver sorte e a ajuda daqueles que possam acreditar no seu valor, pode ter uma carreira de matador de toiros de sucesso.

Tem vontade, tem fibra, tem arte, tem maneiras, sabe pisar, sabe andar, mas além destas qualidades todas e outras mais que ficaram por qualificar, tem Humildade.

No primeiro que lhe tocou em sorte naquela tarde de 8 de Abril último, tudo fez para triunfar. Tentou, com recorte e arte, sacar pela direita e pela esquerda passes onde não os havia, exponde-se muitas vezes diante do seu oponente que, com mau tipo, não o ajudou ao sonhado triunfo.

No final da sua lide, foi alvo de calorosa ovação por parte do público presente e, entre tábuas, levantando a montera agradeceu os aplausos mas, como estes permaneciam, viu-se obrigado a ter de regressar à arena.

Este pormenor, só demonstra a vontade que vinha para triunfar e o respeito que tem pelo público, pois ao não se sentir a gosto, entendeu que devia ficar dentro de tábuas, mas pela insistência do público teve de dar volta.

Durante a lide do quarto da ordem, o cavaleiro Manuel Telles Bastos, no penúltimo ferro que cravou este, ao embater nos que já estavam cravados no toiro, caiu no chão.

O jovem cavaleiro solicitou então a um dos seus bandarilheiros, mais concretamente a João Curro que o apanhasse. Fê-lo de forma correcta e, antes deste lho entregar, tirou o tricórnio da cabeça. João Curro, também antes de entregar o ferro curto, retirou a montera da cabeça e só depois o entregou ao cavaleiro.

Além da forma educada como ambos abordaram a situação, a mesma, representa, além de tudo um grande respeito pelo público, pois a situação em si foi resolvida sem gritos nem gesticulações menos apropriadas.

Estes dois exemplos, demonstram sabedoria, sensibilidade e como já disse anteriormente um grande respeito pelo público.

Sem comentários: